2.0 poderia ser o motor do nosso carro, mas para rodar na
cidade, não
precisamos de um desses... ainda.
2.0 é o número
de outonos colhidos? Lá, em
julho, colherei mais de 40 primaveras.
2.0 é o
mais recente grafite com que venho escrevendo as primeiras versões das crônicas e contos.
Pode
lhe soar estranho, mas é isso
mesmo que está
lendo:
Escritor
ostenta ferramenta de trabalho!
Pela
espessura do grafite, essa lapiseira traz em sua tampa um simpático apontador. Já viu alguma coisa dessas
por aí?
Com
essa 9ª
Maravilha do Mundo, a escrita respira de modo mais consciente, plena da
anti-velocidade do mundo que nos aprisiona.
Entre
um pensamento e outro – o fio
marrom do pavio pronto para as chamas quase invisíveis – eis a pausa para amolar o
grafite e pontuar as orações.
Há tempos eu não apreciava o valor da
escrita vagarosa. Se você quer
se desligar um pouco dessas facilidades da inteligência artificial, recomendo-lhe
essa prática
milenar: lápis ou
lapiseira 2.0 que dá quase
no mesmo.
Caderno
Azul
... farelos
por aí ...