Há quase sete anos eu não me
desconectava... por uns trinta dias. Adianto: só foi possível vencer esse desafio
na virada de 19 para 2020.
Aproveitei as “férias escolares”
para a quase completa desconexão das redes sociais.
Pedi licença aos grupos de
trabalho (WhatsApp), deixando claro que em fevereiro eles poderiam me adicionar
novamente.
Na sequência, decidi que
postaria o mínimo de fotos e notícias. Só compartilhei posts de suma
importância, de acordos feitos no ano anterior.
Desliguei-me um pouco. Não.
Desde 2013, eu não me afastava tanto das redes.
Uma experiência incrível.
Fui fazer outras coisas:
carregar tijolo, peneirar areia, ajudar a tirar o nível, olhando a marca d’água
na parede com muito cuidado, no desequilíbrio e no sem jeito que sempre fui. Acompanho
de perto a reforma da minha casa.
Com a reforma (aquela bagunça
dos virados), tivemos que sair do lote. “Por conta de umas questões paralelas”,
estamos morando em um barracão na quebrada mesmo.
É nesse barracão com apenas três
cômodos que escrevo este texto. Lá fora cai uma chuva medonha, dessas que o
Sudeste não recebia há muitos e muitos anos. Porém não quero tratar desse
assunto, ele já está em todos os noticiários. Só se fala nisso.
Quero lhe contar essa outra
experiência:
– Viver num barracão,
percorrendo os becos dia e noite, tem provocado em mim algumas arruaças,
pensamentos múltiplos, coisas que o mundo vê como conflitos mínimos.
No momento, os microrrelatos do
beco, os diálogos estão provocando um quase-curto-circuito na minha escrita. A
realidade em farelo, migalha, tudo misturado nos fios de cabelo branco.
No mês de março, dentro daquela
sessão “Crônica de Quinta”, pretendo publicar esses recortes absurdos do beco. O
que acha da ideia?
Mas antes da publicação dos próximos
textos, quero lhe agradecer por acompanhar meu trabalho; seja o de escritor;
seja de professor; seja o de produtor cultural.
Estamos de volta!
... farelos por aí
...
Detalhe: todas as imagens são da minha quebrada!