Por volta do mês de outubro de 2020, comecei a escrever
aqui de modo ininterrupto. Precisava me aquecer para a composição de um ensaio
com mais de 45 páginas.
Consegui cumprir o objetivo, entregando a versão final da
encomenda no início de novembro. Uma experiência incrível, sobretudo na perspectiva
das cifras. Adoro ser contratado para escrever sobre Literatura.
Para quem tem interesse de viver da escrita, esse é um
dos caminhos, mas aponto outros: escrever prefácios, apresentações, textos de
4ª capa, sequência didática, bem como manuais didáticos.
Precisamos estar preparados para essas ofertas. E uma das
estratégias para não recusar essas oportunidades é manter a escrita afiada ou em ponto de bala. Não há segredo.
A dica é manter-se ativo, escrevendo com certa regularidade, constância,
compreende?
As encomendas vão surgir mais cedo ou mais tarde.
Semelhante ao que ocorre com as ideias para um livro.
Não quero ser hipócrita. Abrindo o jogo: desde o dia 11
de abril, venho escrevendo aqui de forma regular, sistemática. Quando olho para
número de visualizações, ninguém está me lendo ainda. Escrevo para mim,
primeiro, e depois alcançarei um número incrível de leitores. Como? Vou
descobrir.
O que importa é o compromisso com a técnica, o encontro
com os temas, o trabalho com a linguagem. Em outras palavras, tenho alguns
motivos, razões para essa disciplina quase invisível, esses hábitos atômicos da
vida de um escritor.
É sempre uma preparação. No meu caso, revelo: estou me desembaraçando
para a retomada da publicação das crônicas semanais; a criação do conteúdo da “Pausa
Literária”; a continuação da novela juvenil e, mais recentemente, a escrita dos
textos esparsos para a composição do próximo livro que surgiu nos últimos dias.
Se você que pretende ser escritor(a) acha isso pouco,
passe a escrever de modo ininterrupto e perceberá o quanto crescemos com essa disciplina.
Perdoe-me se extrapolei por demais. Deve ser o horário
que deixei para esse registro: 22:55.
Até amanhã e
... farelos por aí ...
20 de abril de 2021