A data exata eu não sei informar, mas acredito que tenha sido no final do primeiro semestre de 2018. Em uma das rotas de casa para o trabalho, tenho o privilégio de passar pela região da Pampulha. Adianto que foi lá onde tudo começou.
Aconteceu em uma daquelas manhãs, depois de ver tantas pessoas caminhando ou correndo. Recordo-me de ter soltado a seguinte frase:
– Um dia, vou participar da Volta Internacional da Pampulha.
Na hora, a garotinha se ajeitou na cadeira, parecia um pouco desconfiada, mas logo retrucou:
– Correndo, pai? Coitado!
Ela nem esperou uma explicação. Não tive tempo nem de abrir a boca direito.
– Eu duvido. Você não dá conta de brincar com a gente direito.
A verdade. Ela só falava a verdade, mas aproveitou para rir à vontade. Pensou que eu estava de brincadeira, que seria mais uma daquelas falsas promessas. Mas, como fiquei sério, ela mudou o tom da conversa:
– Já que é assim, te desafio a correr a volta, então!
– Desafio aceito!
Claro que, naquele momento, eu não tinha a mínima ideia da aventura que tinha pela frente. Como aceitar o desafio de correr 17,8 km sem nunca ter trotado 1 km inteiro? Guardei aquilo só para a família, porque, se dissesse para outras pessoas, com certeza iriam me chamar de louco.
Maluco ou sem noção, não tinha como desistir. Eu havia prometido à minha filha. E tinha certeza de que, se não cumprisse, ela sempre iria tocar na derrota.
Com
aquele quadro de sedentarismo e a balança em pé de guerra com minhas medidas,
você já deve imaginar para onde tive que voltar para dar os primeiros passos
rumo ao desafio.
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