Para os professores no contexto da Pandemia |
Tem
dia que bate uma tristeza medonha na gente. Não sei como você reage a esses encontros
com a angústia do viver. Se por um acaso nunca enfrentou um desses dias de melancolia,
pare a leitura neste parágrafo. Jamais gostaria de me tornar “motivo de pranto”.
Nos últimos dias um fado insiste tocar a lista de tarefas. É que o som do violão acende as indagações na vida do educador: por que consumir o precioso tempo da criação, preenchendo as planilhas inúteis da constatação? Por que se desdobrar nas ofertas de ensino híbrido se, do outro lado, o aluno nem a câmera abre? De alguns nem um bom dia se ouve.
Pensamos nesses instantes, imaginamos o quão difícil está para esses estudantes e familiares. Já fazíamos isso, desde o dia em que começamos nessa profissão. Quem pensa em nós? Quem está preocupado com nossa saúde mental? Quem já parou para pensar que professores não são máquinas?
A lista de perguntas vai crescendo na mesma proporção da dor de cabeça. Penso estar em outro estilo musical, mais agressivo dado o teor do quanto estamos sendo violentados, compreende?
... De repente ... me reencontro naquele antigo fado. Me lembro que os professores sequer estão sendo ouvidos.
HOJE eu sou só a tristeza pura.
... farelos por aí ...
Meu Deus! Quanta lucidez e como tenho me sentido como você. Difíceis tempos que nos levam à reflexão!
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