Chester, salada e os acompanhamentos. Acho que tenho tudo que preciso. Os doces ventos da cidade tecem o porcelanato singelo que é essa Lua cheia.
O orvalho crescente transcreve lindas canções nos carros dessa mundana área comercial.
Enfim,
cheguei em casa; minha áurea transmitia cor azul ciano, como se nada pudesse me
atrapalhar.
O
som da chama do meu fogão parece dançar com minha alma, em um dueto de balé.
Começa a chover. Ó doce chuva, que hidrata os grisalhos cabelos da minha avó,
gotas que percorrem o casaco do meu precavido tio e criam poças para meus
pequenos primos pularem. Parece até uma canção.
Seria
eu um bardo? Enfim, todos à mesa. Começo a fatiar a alface, que desliza
suavemente pela lâmina da minha faca; alface guerreiro, passou a participar na
dança do meu espírito.
Chester
cozido, tão corado quanto o Sol ao se despedir dos céus, dando espaço para a
crua Lua. Tudo posto à mesa, hora de degustar a comida ao comando do luar
profano daquela noite. Tudo à perfeição, minha família clama por um bis, assim
como eu clamo para que meu espírito encontre a Lua.
Texto: José Massucato
Crédito
da imagem:
Que maravilhoso, Alfredo!!!!
ResponderExcluirQue lindo!!!!! Estou Apaixonada
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