Não consigo parar de escrever
diariamente. Não falo da escrita das crônicas semanais, dos contos eventuais ou
dos capítulos das novelas juvenis que componho.
Falo da escrita em si, sem adjetivos,
com propostas distintas. Agora entendo o porquê de há sete anos ter passado 365
dias escrevendo de forma ininterrupta.
Seria isso uma maldição? A última coisa
com que me importo nessa vertigem é com os leitores. Perdoe-me, caso você tenha
lido esse texto por um acaso na rede. Fique à vontade para comentar o que
quiser.
A verdade é que sempre escrevemos para
nós mesmos. A gente escreve porque não suporta tantas ideias tomando conta de nossas
vidas. É para se livrar das impressões, dos horrores que não contamos para
ninguém. A novela que escrevo agora é para deixar de me aborrecer com uma
pessoa próxima. Vou escrever para esquecer essa pessoa ou aceitar que ela nos
ame de um modo assim diferenciado. Sei lá...
Gosto de escrever e tenho consciência de
que esse ofício por mais insignificante que seja oferece risco, aprendi com o
poeta Armando Pereira Filhos:
“Ao escrever, estamos sempre muito perto do fogo”.
...
farelos por aí ...
0 Kommentare:
Postar um comentário